Nos últimos meses, todos nós percebemos a disparada no preço do café nas prateleiras. O que muitos não sabem é que esse movimento está diretamente ligado à crise climática global. Secas prolongadas, ondas de calor e geadas severas impactaram duramente os principais países produtores – como Brasil e Vietnã – e provocaram quebras de safra consecutivas.

No Brasil, segundo o IBGE, a alta acumulada do café já chega a 77% em apenas 12 meses. Entre 2024 e 2025, regiões tradicionalmente fortes como Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Paraná enfrentaram déficit hídrico de até 250 mm no período de desenvolvimento vegetativo, comprometendo tanto o volume quanto a qualidade dos grãos. A combinação de calor extremo, com máximas acima de 32°C por vários dias, e episódios de geada chegou a reduzir em até 30% a produção paranaense. Já no oeste paulista, as geadas foram responsáveis por perdas que variaram entre 10% e 50%.

Mudanças climáticas já são realidade no campo

É exatamente nesse ponto que a MeteoIA atua com o MIA-Risk, tecnologia de inteligência artificial desenvolvida para antecipar riscos climáticos de até 12 meses. A solução entrega previsões mais assertivas sobre eventos como geadas, ondas de calor, chuvas intensas, déficit hídrico e risco de incêndio, adaptadas à realidade de cada fazenda, com resolução espacial superior.

Isso só é possível porque o MIA-Risk integra diferentes fontes de dados – físicos, geográficos, meteorológicos e sociais – e traduz esse cruzamento em previsões aplicáveis, ajudando produtores a planejar melhor a safra, reduzir perdas e proteger seus investimentos.

Na MeteoIA, nosso compromisso é claro: fortalecer a resiliência do agro brasileiro diante do aquecimento global, utilizando modelos climáticos baseados em IA que já se mostram mais precisos do que os tradicionais. Queremos estar ao lado de quem produz, oferecendo ciência e inovação para transformar desafios em oportunidades.

Dr. Gabriel Perez

Co-fundador da MeteoIA