QUALARIA em foco: Progresso na modelagem e preparação da rede de sensores

Boletim de Atualizações | 04

O Projeto QUALARIA está em seu início. Estamos fazendo alinhamentos internos sobre a metodologia e a modelagem de IA que serão utilizadas, buscando e definindo locais para instalação dos sensores, e entrando em contato com possíveis stakeholders para o Projeto. Se você tiver alguma sugestão de local de instalação ou stakeholders, pedimos gentilmente para entrar em contato conosco.

Realizamos reuniões periódicas com todos os envolvidos no Projeto e pretendemos manter nossos stakeholders informados através deste Boletim de Novidades e reuniões trimestrais para que possamos ouvir suas sugestões e contribuições.

Abaixo listamos as principais conquistas do Projeto até o momento:

1. Inscrição para voluntários

Já coletamos 44 respostas e estamos mapeando as melhores localidades.  Caso tenha interesse ou conheça alguém ou algum órgão que tenha interesse, ainda estamos com o link do formulário em aberto:

2. Atualizações de modelagem

Na parte de modelagem, os recursos para utilizar o sistema de computação de alto desempenho da Alemanha, o Levante, foram aprovados, permitindo fazer experimentos com GPU para a modelagem com IA e fazer simulações de longa duração com o modelo Weather Research and Forecasting with Chemistry (WRF-Chem). No momento, o WRF-Chem já foi instalado no Levante e testes para o mesmo domínio que o trabalho de Andrade et al. (2015) estão sendo desenvolvidos, para avaliar o tamanho das saídas, tempo de cômputo, e programas de pós-processamento (Fig. 1).

Figura 1. Simulação teste de O3 com WRF-Chem usando o mesmo domínio de Andrade et al. (2015). Teste feito para a primeira semana de Novembro de 2023. Resolução temporal, horária. Espaçamento de grade 9 km. 

3. Desempenho do primeiro sensor do Projeto

O primeiro sensor da Bernard, o Bernie 01, atingiu os três meses completos de medições no IAG/USP. Porém, ao comparar com os dados de Ozônio (O3) da estação da CETESB localizada na Cidade Universitária, observamos que o sensor subestima as concentrações de O3. Isto indica  a necessidade e a importância da calibração dos sensores antes de serem usados para a análise de dados e alimentar os modelos (Fig. 2).

Figura 2. Comparação entre as concentrações de O3 medidas pelo Bernie01 e a CETESB. 

4. Chegada dos demais sensores

A previsão de chegada dos demais sensores do Projeto QUALARIA ao Brasil é para a primeira semana de fevereiro. Após esse período, será iniciado o período de calibração, que irá ocorrer até abril deste ano. A calibração será realizada junto às Estações da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar da CETESB. Estamos tentando contato com o órgão para a realização da calibração nas estações Itaim Paulista, Pinheiros e Ibirapuera, devido às suas características de locais Urbano, Tráfego e Parque. 

5. Novos parceiros e stakeholders

Realizamos neste período de janeiro reuniões valiosas com associações, secretarias do município (como a SECLIMA) e uma escola privada da cidade. A intenção é continuar com a busca de parceiros e stakeholders, tanto para acrescentar durante o desenvolvimento do Projeto, quanto para o auxílio na instalação dos sensores pela RMSP.

Sugestões e Envolvimento de Stakeholders

A participação ativa dos stakeholders é essencial para o sucesso do projeto. Contribuições incluem:

• Participação em reuniões e discussões;
• Feedbacks construtivos para a melhoria contínua;
• Envolvimento na tomada de decisões.

Continuaremos enviando boletins mensais e mantendo canais abertos para sugestões e críticas.

Caso deseje agendar uma reunião ou enviar recados, entre em contato pelos e-mails:
📧 amanda@meteoia.com | victoria@meteoia.com

Próximos Passos

1. Recebimento dos sensores da Bernard em fevereiro de 2025;
2. Calibração dos sensores junto à rede de monitoramento da CETESB até abril;
3. Reuniões com secretarias do município e também visita das localidades para a instalação dos sensores.

Objetivo do Projeto QUALARIA

Auxiliar o aprimoramento do monitoramento e das previsões de Qualidade do Ar na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), por meio de modelos de Inteligência Artificial (IA) para resultados em alta resolução espacial, com o uso de sensores de poluentes atmosféricos de baixo custo da Bernard Technologies, em complemento à atual rede normativa da CETESB.