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Boletim de Atualizações | 07

O Projeto QUALARIA avança para a sua fase prática de implementação. Nos últimos meses iniciamos a calibração dos sensores de baixo custo em parceria com a USP e a CETESB, garantindo a confiabilidade dos dados coletados.

Já realizamos a instalação dos primeiros equipamentos em pontos estratégicos da RMSP, que agora transmitem informações em tempo real, fortalecendo a base para o aprimoramento da modelagem de IA.Além disso, seguimos em busca de novos locais para instalação dos sensores e do engajamento de stakeholders que possam contribuir para ampliar a representatividade espacial do monitoramento.

Através deste Boletim de Novidades, mantemos você atualizado sobre as conquistas já alcançadas, os próximos passos e como é possível colaborar para o sucesso do Projeto QUALARIA.

1. Atualizações da modelagem de IA

Nos meses de maio e junho, demos início à fase de calibração dos sensores de baixo custo, cujos dados serão destinados ao monitoramento complementar ao das Estações de Qualidade do Ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e a alimentar os modelos de previsão de Inteligência Artificial (IA). Esta fase está sendo realizada em colaboração com o Professor Doutor Thiago Nogueira da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP), e é fundamental para garantir a qualidade e a confiabilidade dos dados, assegurando que estejam devidamente ajustados em relação às concentrações de referência da CETESB. Para este fim, também planejamos instalar alguns sensores próximos a outras estações da CETESB, para que possamos fazer o controle de qualidade dos dados ao longo do período de medidas.

Ao todo 24 sensores foram calibrados nesta primeira etapa. O processo de calibração está sendo realizado em conjunto com os dados de MP10, MP2,5 e NO2 da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar de Cerqueira César da CETESB, a qual se encontra dentro da FSP/USP. Para obter as concentrações de O3, um monitor deste poluente foi colocado no Laboratório de Análises da Exposição Humana a Contaminantes Ambientais da FSP/USP. A figura 1 ilustra a Estação de Cerqueira César (à esquerda) e os sensores posicionados ao lado dela (à direita).

Figuras 1: Estação de Qualidade do Ar de Cerqueira César da CETESB (à esquerda) e sensores de baixo custo em processo de calibração ao lado da estação. 

Após a calibração, os sensores são instalados nos primeiros pontos estratégicos definidos pela coordenação do Projeto QUALARIA. A seleção dos locais levou em conta critérios técnicos como a cobertura do solo, diversidade de fontes poluidoras e presença de medidas de poluentes, visando garantir uma representação adequada da variabilidade espacial da poluição atmosférica na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

As primeiras instalações foram realizadas em locais previamente mapeados, incluindo o campus da USP Leste (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP), o campus da USP da Cidade Universitária, e outros pontos nas zonas sul, leste e oeste da cidade de São Paulo. 

A figura 2 apresenta o mapa das estações da CETESB na RMSP (à esquerda) e o mapa das estações da CETESB com os sensores instalados e em pleno funcionamento na mesma região, apontados pelas setas verdes (à direita). Estes dispositivos já estão transmitindo dados em tempo real para a Bernard Technologies (empresa que produziu os sensores), permitindo o início das análises preliminares de Qualidade do Ar.

Figura 2: Mapa das Estações de Monitoramento da Qualidade do Ar da CETESB (à esquerda) e mapa das estações CETESB com os primeiros pontos de instalação dos sensores (indicados pelas setas em verde) (à direita). 

3. Escassez de locais

Estamos com falta de locais nos bairros da Cidade de São Paulo Aricanduva, Campo Limpo, Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaquera, Vila Alpina e Vila Formosa, e nas cidades de Arujá, Atibaia, Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Diadema, Embu das Artes, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Jarinu, Mairiporã, Ribeirão Pires, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo e Taboão da Serra. 

Se você ou algum conhecido mora nestes locais ou tem uma escola, comércio ou estabelecimento adequado para instalação de um sensor de baixo custo, solicitamos o preenchimento do formulário. Sua resposta irá nos ajudar a termos uma melhor distribuição espacial dos dados e a melhoria dos resultados do modelo de IA.

Sugestões e Envolvimento de Stakeholders

A participação ativa dos stakeholders é essencial para o sucesso do projeto. Contribuições incluem:

  • Participação em reuniões e discussões;
  • Feedbacks construtivos para a melhoria contínua;
  • Envolvimento na tomada de decisões.

Continuaremos enviando boletins mensais e mantendo canais abertos para sugestões e críticas.

Caso deseje agendar uma reunião ou enviar recados, entre em contato pelos e-mails:
📧 amanda@meteoia.com | victoria@meteoia.com

 

Próximos Passos

    1. Continuação e término da calibração dos sensores;
    2. Instalação dos sensores em outros locais selecionados;
    3. Novas rodadas do modelo de IA;
    4. Rodadas do modelo WRF-Chem para comparação com os resultados e criação de inputs para o modelo de IA.

Objetivo do Projeto QUALARIA

Auxiliar o aprimoramento do monitoramento e das previsões de Qualidade do Ar na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), por meio de modelos de Inteligência Artificial (IA) para resultados em alta resolução espacial, com o uso de sensores de poluentes atmosféricos de baixo custo da Bernard Technologies, em complemento à atual rede normativa da CETESB.

Participe do projeto Qualaria!